domingo, 28 de setembro de 2014

Texto: Jornal de Angola, 27/09/14
O músico Joaquim Viola anunciou, no Lobito, que vai lançar uma versão “mais modernizada” de “Tchiyngue”, que dá o título ao primeiro disco que editou, em 1986. O tema “Tchiyungue” fala da história de dois gémeos (Hossi e Tchiyungue), um rapaz e uma rapariga. Ela humilde e obediente e ele indisciplinado e desleixado. O cantor iniciou a carreira aos 18 anos em 1966, a tocar uma viola com apenas três cordas feita por ele. Actuou pela primeira vez em público em 8 de Dezembro de 1976 por ocasião das festas da Nossa Senhora da Graça. “Tchiyungue” já conheceu mais versões interpretadas, entre outros, por Patrícia Faria e Sabino Henda. Joaquim Viola lançou em 2006 o segundo disco, “Rádio Nacional de Angola”, com 12 temas, dez das quais de sua autoria e as outras, do filho, Paulove.

Os nossos compatriotas "geniais" que defendem essa ideia pouco aconselhável de castrar as consoantes K, W e Y dos nomes de localidades de matriz africana, tanto recorrem ao seu "know-how" (que entretanto não grafam /nóu háu/), como fazem "marketing" (que por acaso não grafam /marqueting/). E das vezes que vão ao Kunene (que imaginam /Cunene/), não perdem a chance de visitar Oshikango, Oshakati, podendo mesmo esticar para Windhoek, na República da Namíbia, com quem partilhamos o projecto Okavango Zambeze, mas não aproveitamos para beber da sua experiência no que respeita à preservação de alguns dos mais elementares aspectos da nossa matriz de bantu e pré-bantu, quer sejamos da elite, quer sejamos da plebe. Custa dizer, já que de colonização não há uma melhor que a outra, mas parece que as sequelas de alienação cultural nas ex-colónias portuguesas são bem mais graves do que França e Inglaterra deixaram. Os nomes pessoais e das localidades são geralmente adoptados de rios, montanhas, plantas e animais que, até provas em contrário, já existiam. Ensinar as línguas nacionais e ao mesmo tempo adoptar a degeneração como paradigma de registo só pode ser um "desencontro de esforços" onde claramente sai prejudicada a preservação da memória colectiva. Not a way to go!

"Nda omõlã ka kusumbile, onekulu he pata lyove ko vali" (máxima Umbundu) - Se o filho não te respeita, o neto já não é tua família.


Na minha interpretação, o respeito pelos idosos deve ser passado de geração para geração. Se os pais não respeitam os seus próprios pais, os netos ficam ainda mais desligados.

"Si popi ño, vakwê, cimbala..." (só nada digo, oh, mas que me dói, dói) - trecho de uma canção em Umbundu de um dos concorrentes do "Benguela Gentes e Músicas"

sábado, 27 de setembro de 2014

Texto e foto: Semanário Angolense, edição 548, Luanda 27/09/14

O desaparecimento do «K» das palavras de origem angolana, so­bretudo no que diz res­peito aos topónimos (nomes pró­prios de localidades), tem gerado muitas discussões. Kwanza Norte, Kwanza Sul e Kuando Kubango, por exemplo, que depois da independência na­cional passaram a ser escritos com «K» em vez do «C» imposto pelo regime colonial português, volta­ram a ser escritos como antes por determinação do Ministério da Administração do Território.

Na opinião de António Fonseca, renomado escritor angolano, numa entrevista concedida ao Semanário Angolense, publicada no essencial na sua última edição, «o ‘K’ tem de voltar a ser colocado ali onde pare­ce que querem retira-lo». «Porquê desapareceu?», questiona o tam­bém economista e professor uni­versitário da Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto.

No entender do escritor, dian­te dessa polémica, «quem defen­de que tem que escrever com ‘C’, está muito equivocado», já que «se as outras palavras do português mantêm os seus radicais, nós te­mos o direito e o dever de manter os radicais das palavras com ori­gem nas nossas línguas». Aos seus olhos «é claro que (essa palavras) se vão adaptar à norma, mas tem que respeitar a sua história».

Ele não leva em conta o ponto de vista dos que defendem o uso do «C» no lugar do «K», por se tra­tar da Língua Portuguesa e deve ser usada como ela é. Em contra­ponto, António Fonseca replica que «o Português não é uma lín­gua morta; é uma língua viva. En­tão temos que ter a nossa matriz».

Na opinião de António Fonseca, o desaparecimento do «K» nos to­pónimos «é uma espécie de recuo» perante o avanço que foi a procla­mação da Independência Nacio­nal, ocasião em que conquistamos o direito de ser soberanos.

«Digo isto com responsabilida­de própria e pessoal», sublinhou, antes de questionar: «Porque é que vamos querer branquear o nosso português, se o nosso português tem as nossas características ine­gáveis e impossíveis de negar?». Admite que a tentativa de «bran­quear o Português» é preconceitu­osa. «Só pode ser! Não tem outra explicação!», exclama.

E a exclamação de professor é maior ainda quando imagina que o fenómeno da retirada do «K» pode atingir até o nome da moeda nacio­nal. «Vão querer escrever também com ‘C’? Só espero que isso não aconteça, senão, é melhor usar o es­cudo português da antiga colonia», reclamou.

Fechando o capítulo da discussão sobre o uso do «K», António Fonseca foi veemente na réplica conclusiva: «Nós temos que ter, meus senhores, a ambição de reclamar aquilo que é nosso contributo ao imaginário e ao universo da língua portuguesa. Isso não se faz com essas concessões. Não! Tem que ser com ascensões».

Continuando na defesa da sua visão, o escritor explanou: «A escrita decorre de convenções. E quem faz as convenções são os homens. Se esses sinais não exis­tiam na convenção anterior, que as revejam. Porque temos que incorporá-los e os académicos vão ter, mais tarde ou mais cedo, que aceitar isto. Porque, quando nós não fazemos isso, o sentido das palavras perde-se e a mensagem não passa».

Um outro aspecto da língua focado nessa conversa com o es­critor António Fonseca prende-se com a grafia e pronunciação de nomes em línguas nacionais, pois ouve-se grande parte de muitos desses nomes sendo pronunciados de maneira errada em relação ao entendimento que eles pretendem passar, ou o significado que eles têm.
O professor mencionou como exemplo o nome de um seu colega - Vatomene. «Não é Vatomene. É Vatómene. Quer dizer ‘algo de bom’. Se estamos no contexto da Língua Portuguesa, então vamos pôr um acento no ô de Vatomene, que assim o nome dele vai ser pronunciado correctamente. E a mensagem vai passar».

António Fonseca explica que «às vezes é um acento que resolve o pro­blema para indicar que ali se deve pronunciar com acentuação». E cita outros exemplos dessa espécie.
«Temos o João Lusevikueno. Se se escrever só com um S, como ele tendo valor de Z entre duas vogais, o nome será pronunciado de maneira errada. Para que seja pronunciado de maneira certa deve ser escrito com dois SS – Lussevikueno (podem alegrar-se)».

Esclarecendo mais sobre esse assunto, o escritor disse que «nós temos de encontrar um sistema de grafia que conserve os valores cul­turais intrínsecos ao próprio nome - essa é que é a questão!».

E advertiu que «o fundamentalis­mo dum e doutro lado aqui não re­solve», referindo-se aos conservado­res da Língua Portuguesa e os seus semelhantes das línguas nacionais.
Ao fim de quase uma hora de conversa com o nosso interlocu­tor, depois de uma incursão por vários assuntos ligados a cultura angolana eis que António Fonse­ca, um homem falante com muito pra ensinar, ainda deixa um reca­do: «Porque é certo que estamos na época da globalização e o impor­tante é que nós aspiremos a ter um país moderno e próspero mas na nossa condição de angolanos. E isso é feito na nossa condição cul­tural».

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

para kú-duro (que advém de cu), usamos a letra K

para kwanza-Sul, bem como para Kwando-Kubango (que provém dos rios Kwanza, Kwandu e Kuvangu) somos obrigados a usar C

NÃO HAVERÁ ALI ALGO A CORRER MAL?


Numa aldeia muito distante do nosso tempo, no contar do meu avô, havia espaço para tudo, menos para a felicidade de pessoas com deficiência. Acreditava-se que a limitação motora seria praga dos deuses por eventual erro dos ancestrais.

Lumbombo, cujo nome na língua Umbundu quer dizer raiz, na típica essência proverbial dos nomes africanos, era visto como um ser frágil. O próprio nome advinha do facto de nascer doentio, ficando a sua sobrevivência a dever-se a medicações à base de raízes e preces. Em meios rurais, onde são pelo trabalho as pessoas notadas, não era bem o tipo que povoava fantasias. Não se lhe via beleza nem valentia para sustentar uma mulher.

Diz-se que quem nasce com a deficiência tem maior probabilidade de lidar com a baixa auto-estima do que aquele que a adquire depois de ter uma cosmovisão já construída. Na hipótese de ter sido, de facto, assim, Lumbombo não andava por aí a fazer da sua condição uma canção. Para a família, ele nem era assim tão inútil. Passava o dia em casa e cuidava dos animais domésticos, muitas vezes usados como moeda de permuta com produtos da loja do único comerciante, português oriundo do Norte, segundo as más-línguas, sem fundos para a passagem de regresso à Europa.

Romântico inconfesso, Lumbombo não sossegava enquanto não bolasse uma estratégia aparentemente desinteressada de atrair simpatia feminina. Foi então que aprendeu a esculpir pentes de madeira, ciente de ser a vaidade a primeira amiga de uma mulher. Nem foi preciso sequer um ano para o quintal do homem andar apinhado de beldades, perdoem-me aqui algum exagero. Tantas vezes amou, outras foi amado, ainda que às escondidas, dado o preconceito que julgava contagiosa a deficiência. E com as suas poupanças passou o mestre Lumbombo a investir na criação de gado. De frágil a prodigioso, cativava beldades e acumulava bens sem sair do lugar, sem conhecer o caminho da lavra e do rio sequer, já que só se podia mover arrastando-se.

Certo dia, foi um amigo pedir-lhe um boi emprestado para optimizar a sua lavoura. Lumbombo, cordato, conhecido mais pelos seus silêncios do que pelas palavras propriamente ditas, cedeu. Uma semana depois, vinha o recado por terceiras mãos de que o boi havia morrido na lavoura. «Eu, pagar o boi do paralítico? Nunca!», refilava o ajudado. «O que é que pode ele fazer para me agarrar, por acaso vai correr?» A repreensão dos demais aldeãos era automática, tendo em conta que é sobre a honestidade e honradez que se constrói uma nação. Aquele teimava em não ressarcir.

Um ano depois, veio a notícia de grande desalento. Uma lasca de madeira havia adentrado um dos olhos do mestre dos pentes. Ter-se-ia alojado atrás da córnea. Não havendo hospital convencional, cabia aos homens ir soprar-lhe pela boca o olho. Turnos de dois, duas vezes ao dia. E como o trabalho voluntário é, em boa verdade, rotativo e obrigatório, foi o doente consultado se permitia o vigarista soprar-lhe também, ao que anuiu, garantido que nos momentos de doença e morte, a dívida podia esperar.

Chegada a vez, o devedor curvou-se para soprar. E era impecável. Mas quando menos esperava, o doente envolveu-o num grampo de braços pelo pescoço, cortando-lhe assim a respiração, ao ponto soltar gazes. «Daqui só sais com o meu boi de volta!» Os demais ainda tentaram de tudo para arrancar dos braços de Lumbombo o vigarista, não faltando quem derramasse óleo de palma, na vã tentativa de aligeirar a separação. Só horas depois, com a presença do boi, Lumbombo soltou-o. E estava aprendida a lição. Se deve, paga! Não é com as pernas que corremos, é com o pensamento. Como diz o provérbio, «una olevalisa eye onjaki» (aquele que empresta é que é o briguento).

Gociante Patissa, Aeroporto Internacional da Catumbela, 22 Setembro 2014
(*) Adaptação de um curto conto contado pelo meu avô e xará Manuel Patissa

sábado, 20 de setembro de 2014

Texto- Jornal de Angola (20/09): De acordo com Rosa Cruz e Silva, que presidiu a cerimónia de abertura do III Congresso Internacional de Língua Portuguesa, em Luanda, por essa via, os angolanos tornaram a língua portuguesa mais adequada aos contextos culturais do país.

A língua portuguesa em Angola fez uma trajectória de afirmação do património partilhado, na medida em que desde os primórdios, até ao período mais crítico da sua história, os angolanos transformaram-na na principal arma da luta contra o sistema opressor, afirmou quinta-feira, em Luanda, a ministra da Cultura.

“Nessa medida, a língua portuguesa alcançou estatuto, tal como versa a Constituição angolana. Ela vai merecer melhor tratamento dos estudiosos para que o seu ensino se revele cada vez mais apropriado, bem como o seu conhecimento. Esse exercício deverá ser feito em paralelo com as demais línguas nacionais com que convive e que lhe deram a força que adquiriu hoje”, adiantou.

Rosa Cruz e Silva considera imperioso que se conheçam os principais entraves que se assiste em relação a língua portuguesa para que não se comprometam os objectivos preconizados, nomeadamente na transmissão do conhecimento e dos valores civilizacionais da modernidade. Enquanto meio de comunicação para os mais diversos fins, salientou, não se deve pôr em causa a importância da memorização da língua portuguesa, a par das demais línguas nacionais, que por força dessa luta deverá colocar-se ao mesmo nível de importância e utilização de todos os interlocutores do país.

“Sem qualquer mácula, deve permanecer o diálogo, já que a diversidade linguística do país constitui a sua grande riqueza na validade e diversidade cultural”, frisou.

Na sua intervenção, a ministra da Cultura fez um resumo histórico da importância que os soberanos do Reino do Congo e do Ndongo já atribuíam ao conhecimento e domínio da língua portuguesa, com destaque para Nzinga Nkuvu, Nzinga Yemba (dom Afonso I) e Njinga Mbandi. Estes soberanos, recordou, preocuparam-se com a instalação de escolas em que deveriam, os meninos e meninas do Congo, aprender a ler e a escrever o português.

Noutras circunstâncias, enfatizou, solicitaram a vinda de mestres, professores e missionários, que se encarregaram do ensino da língua portuguesa, multiplicando-se as escolas e enviando-se jovens para os conventos em Lisboa, fazendo assim surgir de forma acelerada os mestres, que continuariam a obra pelos séculos seguintes.

"KOPITULE, OCO WOLALEKELE" (adágio Umbundu) - passar por casa de alguém para com este caminhar, é porque houve convite prévio.

TENTATIVA DE ENQUADRAMENTO: A consideração e a confiança, que nos permitem incondicionalmente contar com alguém, cultivam-se.

Salipo ciwa (passem bem)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

PROPOSTA DE TRADUÇÃO: Ao fraco desempenho na lavra, vá questionar a aldeia.
ENQUADRAMENTO: É à aldeia que vamos buscar a justificação do fraco desempenho na lavra

terça-feira, 16 de setembro de 2014

"OHOMBO YACITA UTEKE, OCIVALO TUTALA LOMENLE" - (adágio Umbundu) - pariu a cabra de noite, é pela manhã que descortinamos a aparência do filhote).

Enquadramento: geralmente, é um apelo à paciência em caso de dúvida, no sentido de que a verdade vai, mais tarde ou mais cedo, emergir.

domingo, 14 de setembro de 2014

"Ku citenlã, ku cupi ongangu; nda ku teka, sanga otunguka" (adágio Umbundu) - Se não sabes, não te ponhas a imitar; se não quebras, ainda deslocas o osso.

O serão é o momento cultural mais formal entre os ovimbundu. É praticamente um dogma, só de noite é permitido contar estórias e adivinhas. Diz-se mesmo que quem o fizer durante a luz do dia corre o risco de lhe nascerem chifres (nada relacionado com o sentido de traição). Cá por mim, julgo que será uma estratégia de o entretenimento não prejudicar o horário do labor. Alguém então propõe, por exemplo:

"Alupolo!" (minha adivinha!)
"Wiye!" (Venha!)
"Nditãi kesinya, ndinyanyomõlã alensu." (Encontro-me na outra margem a abanar lenços.)
"Ina yukwene, nda enda epenle, ku koyole." (Se a mãe de outrem está em carência de vestuário, não te rias dela)

E a roda do diálogo gira com tudo o que de metafísico se reveste, vista a tendência de serem os mesmos contos e fábulas cantados, adágios e adivinhas, mas que, entretanto, não perdem o poder de suscitar o mesmo respeito, medo, fantasia e vontade de voltar a ouvir.

Bom domingo a todos, que o meu começou já com a panela de arroz doce queimada ao lume, enquanto escrevia esse bocado aqui.

Ovilamo! (cumprimentos)
Gociante Patissa, Benguela 14.09.2014

sábado, 13 de setembro de 2014

De acordo com a Angop (11 Setembro), Os 170 delegados ao V encontro de Línguas Nacionais (LN), decorrido em Menongue, no Kwandu Kuvangu, recomendaram quarta-feira a necessidade dos topónimos de origem africana serem escritos de acordo com a grafia bantu estabelecida pelo A.F.I. (Alfabeto Fonético Internacional).

Defendem em comunicado final que as direcções provinciais da Cultura devem aprofundar os estudos investigativos sobre o mapeamento linguístico das suas províncias, com a supervisão do Instituto de Línguas Nacionais, bem como estabelecer uma parceria técnico-científico com instituições nacionais e estrangeiras afins. Do Instituto de Línguas Nacionais espera-se o incremento da cooperação com os utilizadores das línguas nacionais e apelam ao bom senso das instituições superioras, no sentido de inserirem nos seus currículos mais línguas nacionais.

Incrementar e apoiar as publicações em línguas nacionais, criar prémios em línguas nacionais, bem como a necessidade das demais línguas nacionais serem estudadas com a máxima urgência, mereceu igualmente recomendação. Os representantes das 18 províncias do país recomendaram igualmente a recolha da tradição oral a fim de se produzirem textos didácticos.

Pela harmonização, recomendam que as igrejas e as entidades privadas sigam as regras da grafia Bantu, trabalhando em conjunto com o Instituto de Línguas Nacionais para o efeito e solicitem aos governos provinciais para colocarem placas de identificação das localidades, instituições, ruas e outros serviços em línguas locais.

Recomendaram também a criação de condições para a colocação das novas tecnologias de comunicação e informação ao serviço dos estudos sobre as línguas nacionais, assim como solicitam à Televisão Pública de Angola (TPA) o aumento de mais línguas nacionais na sua grelha de programação e mais tempo de emissão.

sábado, 6 de setembro de 2014

"Vakwene vayelela/ yelela twende/ kakele kacimbamba/ osala posi/
a humbi-humbi yange/ yelela/ yelela/ twende/ kakele kacimbamba/ osala posi"

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Nos festejos do segundo aniversário da Mediateca de Benguela, Gociante Patissa foi convidado a palestrar sobre "A Salvaguarda do Valor Literário" para uma plateia de cerca de 40 directores escolares do município de Benguela. O evento teve lugar na sala de conferências, a 4 de Setembro de 2014 (21 minutos de áudio)

Sexto Sentido TV Zimbo com o escritor Gociante Patissa 2015

Vídeo | Lançamento do livro A Última Ouvinte by Gociante Patissa, 2010

Akombe vatunyula tunde 26-01-2009, twapandula calwa!

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